terça-feira, 28 de outubro de 2008

sábado, 25 de outubro de 2008

As 10 frases ou expressões mais ditas cá em casa

1. Menos um!
2. Menos dois!
3. Menos três!
4. Pierre, manda ai um dlink abaixo (desligar e ligar o router)
5. Logo se vê
6. Pedro liga ai po Big Polis
7. Epá não acredito que a empregada não veio outra vez!
8. Quem é que quer vir aqui ao castigo? (Pro)
9. Vê ai a quanto é que tá o real.
10. Quem é que tem dinheiro no telemovel?

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Home sweet home

Este filme é um filme que fizemos nos primeiros dias que cá estivemos. É a casa onde vivemos. A cozinha não aparece mas em breve mostrarei um filme da cozinha.


O filme foi feito de uma maneira espontanea e por isso alguns elementos da casa aparecem em figuras pouco apresentaveis, tal como algumas camas...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Velhos conhecidos

Um pequeno filme do Maracanã a gritar a por mim


Por falar em futebol, quem não se lembra deles?

Mario Jardel

No outro dia enquanto estávamos em casa a beber umas cervejas tinhamos um jogo a dar na televisão. Serie B brasileira, o equivalente à nossa Liga Vitalis. A dado momento do jogo dá-se uma grande penalidade a favor do Criciuma. Para bater, nada mais nada menos que um antigo Bota de Ouro da Europa, Mario Jardel. Com muitos mais quilos em cima, pegou na bola, fez uma paradinha e... falhou o penalty. Para mumentanea infelicidade nossa, Mario Jardel tinha falhado a grande penalidade. No entanto, SuperMário nunca desilude e meteu o golo na recarga! Saudades de Jardel...


Mauricio Pinilla

Este já não deixa tantas saudades. Mauricio Pinilla assinou há umas semanas pelo ultimo classificado da Liga Brasileira, o Vasco da Gama. No Domingo que passou fomos assistir ao jogo no Maracanã, Vasco 0 - 1 Flamengo. Foi a estreia de Pinilla que entrou a meio da segunda parte e que fez a torcida entrar em extase a pensar que o salvador do clube tinha acabado de entrar em campo. Pinilla mostrou ser bastante superior aos companheiros de equipa, não errando passes de 2 metros e sempre com bom sentido táctico. No entanto, Pinilla é sempre Pinilla e quando apenas tinha que rematar fácil para o golo decidiu... dar de calcanhar.


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Puerto Iguazu, Foz do Iguaçu e Ciudad del Este

Como anunciado no post anterior, decidimos ir alguns para Iguaçu e com o objectivo de chegar a Assuncion no Paraguay em 8 dias. No entanto, a viagem não correu como programado e os precalços começaram ainda no Rio de Janeiro. Acompanhem-nos nesta viagem que valeu qualquer real que pagámos e qualquer precalço!

I A viagem de ida

Estava previsto sairmos Sexta-Feira de manhã, pois os bilhetes eram mais baratos, mas à ultima da hora tivemos que mudar para Sábado porque o Mashi fez contas às faltas e percebeu que não podia faltar Sexta-Feira de manhã. Aproveitando o facto de irmos apenas no Sábado, fomos à festa de uma brasileira na Sexta à noite naquilo a que chamámos uma noite de "logo se vê". Depois de algum convivio na festa, e de alguma loucura das brasileiras por nós que nos arrastaram para a noite, fomos para o Cais do Oriente no Centro com apenas 10 reais na carteira sempre seguindo o lema do "logo se vê". O Cais do Oriente era, de facto, uma boa discoteca mas sem dinheiro para beber nem um copo as brasileiras começaram nos a pagar a noite toda... No final da noite, perdidos no meio do Centro, conseguimos boleia de nada mais nada menos que do dono do Cais do Oriente. Mais uma vês o "logo se vê" deu resultado.

Chegados às 6 da manhã e com o autocarro às 9 iniciámos uma maratona pelo Brasil a dentro durante 22 horas. Um autocarro praticamente deserto e bastante cómodo levou-nos até à Foz do Iguaçu naquilo que foi um tirinho. Chegádos à rodoviaria de Iguaçu apanhámos um taxi para o Hostel Inn no lado Argentino em Puerto Iguazu.


II Cataratas do lado Brasileiro e Moonlight Falls





Depois de nos instalarmos no Hostel, que mais parecia um hotel de 5 estrelas, partimos logo para ver as cataratas do lado brasileiro. Recomendaram nos ver as cataratas do lado brasileiro primeiro pois tem se uma panorâmica da maior parte das quedas de água. Escrevendo o que escreve o guia da American Express :

"As cataratas de Iguaçu são formadas por uma sucessão de 275 quedas-d'água interligadas, até 75m de altura, que se lança de um precipicio com mais de 3km de largura."


O lado brasileiro foi simplesmente de sonho por ter sido a primeira vez que vimos as cataratas ao vivo. Nada de Discovery Channel, Travel Channel ou guias das Cataratas. Este lugar é daqueles que têm que ser vistos ao vivo. As primeiras reacções foram "incrivel", "espectacular", "aich..." e as primeiras perguntas "mas de aonde é que vem tanta água?", "epá, ninguem desliga a torneira?". Ainda deu tempo para outros pensamentos. "É impossivel sobreviveres se te mandares", "epá se um gajo se mandar com uma botija talvez dê". Não foi preciso muito tempo para perceber que este era dos sitios mais bonitos onde já alguma vez tinha estado em toda a minha vida.

Seguimos caminho pelas intermináveis quedas de água e por uma floresta recheada de animais. Desde as dezenas de borboletas diferentes que vimos, passando pelos engraçados cotis e pelas dezenas de lagartos gigantes. O caminho fazia-se sempre junto ao Rio Iguaçu por umas passadeiras de madeira que se aproximavam várias vezes muito perto das cataratas. No final chegámos a uma vista panorâmica da "joia da coroa" das cataratas, a Garganta do Diabo. A Garganta do Diabo é um violentissimo conjunto de quedas de água. Milhões e milhões de litros de água caem sem parar por segundo. O vapor que as quedas de água fazem é tanto que nunca se vê o fundo. Estando no lado brasileiro onde se ve de longe as cataratas, não se via a principal parte da queda de água devido á enorme fumarada que por ali anda. Outra coisa impressionante nas cataratas são as dezenas de arcos-iris que se formam devido ao vapor que sai das quedas.

Depois de mais de 3 horas a andar pelas cataratas voltámos ao Hostel Inn. O Hostel Inn é um hostel feito para jovens e completamente gerido por jovens. Nenhum dos empregados ultrapassava os 30 anos e os clientes do hostel formavam uma enorme familia internacional. No nosso quarto dormiamos com um tipico alemão, frio e pouco falador, e com um londrino, Jeff, que após 10 anos a trabalhar para a Bloomberg em Tokyo, fartou-se e pos-se a dar voltas ao mundo há vários anos. Por Portugal já passou 3 vezes, uma para o euro 2004, outra para o Boom, e outra para o Algarve. O tipico inglês muita porreiro.

Aproveitando o facto de estar lua cheia, fomos fazer um tour pelas cataratas que apenas se pode fazer 4 vezes por mês, o Moonlight falls tour. O tour consistia em ir ver a principal parte das cataratas, a Garganta do Diabo, do lado Argentino durante a noite. As cataratas à noite são espectaculares mas a Garganta do Diabo intimida. Do lado Argentino vê se aquela enorme violência mesmo de cima e a poucos centimetros. Alem de ser impressionante ver as cataratas à noite, houve mais uma coisa que nos chamou a atençao e que devem ser poucos os sitios onde se pode ver algo igual ou parecido. Á volta da lua, formou-se um arco-iris em circulo... Sem palavras para tal fenómeno! Pena não ser possivel haver um bom registo fotográfico dessa noite, mas a luz da lua cheia nunca é suficiente para boas fotografias obviamente.

III Gran Aventura, Cataratas do lado Argentino

No dia seguinte de manhã acordámos cedo para irmos fazer a Gran Aventura. A Gran Aventura foi um pacote que comprámos que consistia num caminho de 8km pelo meio da floresta, 2km de rápidos de barco, 3 passagens de barco por baixo das cataratas e ainda uma vista da Garganta do Diabo a apenas 500 metros.

Os 8km pela floresta são bons para quem gosta de uma boa fauna e flora. Antes do humano entrar pela floresta adentro eram poucos os raios de sol que chegavam ao solo. Os 8km pela floresta não se vêm animais mas é giro ir pelo meio da floresta.


Chegámos então ao Puerto Macuco onde iamos apanhar um barco para ir fazer os rápidos, Garganta do Diabo e apanhar uma valente molha por baixo das cataratas. Os rápidos é uma loucura fazer! A vista para a Garganta do Diabo a sentir aquela corrente toda vinda de lá... único. Uma violência sem igual, milhões de litros a cairem por segundo sem parar em direcção ao Atlântico. Aproximava-se a cereja no topo do bolo, a passagem por baixo das cataratas! A sentirem-se mais de 35º, levar com um duche das cataratas não podia ter sido melhor. Espectacular! Toda a gente batia palmas e pedia mais, um pedido ao qual o comandante não pode recusar e lá fomos nós tomar banho uma vez mais. O estado em que ficámos é o que se vê.

Seguimos então para a parte que gostámos mais, a Isla San Martin. Uma ilha no meio do Rio Iguazu com trilhos pelo meio da floresta e vistas para a parte que eu pessoalmente gostei mais das cataratas. A bicharada voltou a aparecer. Voltaram os abutres, os pássaros com cores de sonho, as borboletas a voarem sem sentido, e ainda os gigantes lagartos. Depois da Isla San Martin, seguimos o tipico circuito que toda a gente faz. Um passeio com as cataratas mesmo de frente, o Passeo Inferior, e outro passeio com uma vista de cima para as cataratas, o Passeo Superior.

No final do dia, estafados ainda fomos ver a Garganta do Diabo de dia. Lá continuava aquilo sem parar a despejar água interminavelmente... Nessa zona, ainda apareceram outros tipos de bichos que ainda não tinhamos visto, jacarés e cágados conviviam harmoniosamente a poucas dezenas de metros do sitio mais impressionante das cataratas. Ao longo de todo o dia que passou repetiram-se os inúmeros arcos-iris pelas cataratas.

Regressámos ao hostel estafados e realizados com o que tinhamos visto nos ultimos dias. Á noite no hostel, um enorme "asado" deu-se misturado com bar aberto de caipirinha e sempre ao som e dança da tipica dança argentina, o tango.

IV Ciudad del Este (Paraguay)



Acordámos sem destino com a unica certeza que tinhamos que deixar o hostel. A duvida era, temos dinheiro suficiente para chegar a Asunción e voltar para o Rio? Após várias reuniões de grupo, chegámos a um consenso que era melhor não avançarmos muito pelo Paraguay e ficarmo nos apenas por Ciudad del Este. Precisamos de dinheiro para os 15 dias que faltam do mês de Outubro que vão ser recheados de festivais no Rio de Janeiro.

Ciudad del Este é perto da fronteira do Paraguay com o Brasil. É a segunda maior cidade do Paraguay com 320 mil habitantes e a terceira maior zona de comércio franca do mundo. É por
esta razão que os preços são todos muito mais baratos, livres de impostos, tipo Andorra.


A primeira impressão que tive da cidade foi de 4º mundo! Andávamos em contra-mão a desviar-nos dos carros e quando não vinham mais carros apareciam carroças vindas do nada. Uma cidade que é uma enorme feira, completamente suja e muito movimentada. Apesar da população estimada ser de 320 mil, nunca se pode dizer quantas estão de facto na cidade pois todos os dias entram e saem milhares de contrbandistas. Turistas por aquela zona? Apenas vi 4, Ribas, Tomás, Diogo e eu. Os temas de conversa conosco rondavam sempre o mesmo, Óscar Cardozo, qualificação de Portugal para o mundial, economia paraguaia e contrabando. Ainda ficámos a saber que a moeda do Paraguay, os guaranis, são uma moeda fraquissima como se pode ver por este quadro de cambio.



Outros apontamentos do Paraguay:

Praguaias, nota positiva.
População em geral, dos povos mais simpáticos com os quais já alguma vez tive contacto.


Enquanto caminhávamos pela cidade vinham dezenas de pessoas ter conosco para tentar vender tudo. Lembro me de um tipo que veio ter conosco com uma mala. A sequencia de tentativas de venda foi a seguinte. Primeiro abordou-nos a tentar vender um facalhão de bolso. Dissemos que não estavamos interessados. Não satisfeito, tentou-nos então vender uma caneta de onde saia um calendário de 2009. Pouco atractivo. Terceiro artigo, 5 pares de meias da nike. "No, gracias.". Por fim, numa tentativa de tudo por tudo, tentou nos vender um banco para a praia... A nossa compra mais estranha talvez tenha sido uma cana de pesca, mas acreditamos que vai ser util, tanto aqui no Rio como em Lisboa.



Enfim, a conclusão que tirámos do Paraguay é que aquilo é uma verdadeira selva, muito atrasado mas que certamente vai-se desenvolver. Fiquei com especial simpatia pelo pais do Cardozo e comprei uma camisola da selecção do Paraguay. Mbaretê Paraguay!!


Final do dia ainda houve tempo para ir a um sitio onde se vêem 3 paises ao mesmo tempo, a chamada tripla fronteira, composta pelo Brasil, Argentina e Paraguay. Sem "budget" para ir mais longe no Paraguay voltámos para o Rio de Janeiro num autocarro repleto de contrabandistas e mercadoria. No Rio de Janeiro fomos recebidos por um sol abrasador.

Fim desta fantástica viagem, saiam dos sofás e vão a Iguaçu pelo menos uma vez na vida. Pensem que enquanto leram isto, cairam centenas de milhões de litros de água numa das paisagens naturais mais espectaculares do mundo!

Sem mais,

Vasco Fino

Agradecimentos especiais aos magnificos companheiros de viagem Francisco, Diogo e Tomás.