Já passou um tempo desde que escrevi aqui pela ultima vez. Desta vez vou contar como foi este ultimo fim de semana, o qual fui passar a São Paulo.
Acordei sábado as 5 e meia e meti-me no avião das 8 para São Paulo. Lá, fiquei instalado em casa de quatro portugueses, três raparigas e um rapaz. A Maria, a Tisca e a Pi já conhecia e até nos foram visitar ao Rio mas fiquei a conhecer o louco do Bica que é de chorar a rir. A casa deles fica no Bairro Higienopolis, "zona fina" nas palavras do taxista que lá me deixou. Taxista esse que após 3 dedos de conversa comigo afirmou logo que eu era do Rio, "nem precisa falar". O meu sotaque deve estar espetacular.
Com apenas 3 horas de sono, cheguei a casa delas morto e deitei-me no sofa enquanto que elas procediam a limpezas, nao sei se devido à minha chegada ou não. Saímos para almoçar a um restaurante de rodizio à grande e à francesa. Juntaram-se a nós mais três amigos do grupo de São Paulo, o Zé, o Carioca e o Jesus. Para ajudar a digestão fomos dar um passeio grande pelas redondezas, incluindo o Centro. Lá viu-se de tudo, mágicos de rua com números falhados, escolas de samba a actuar nos jardins, pedintes, helicopteros a aterrar em cima de prédios (muitos prédios), musica ao vivo, muitas lojas de surf (?), uma grande mistura.
Cansados do passeio voltámos para casa e mais gente apareceu. Tive de ir dormir uma sesta essencial para aguentar a noite. Quando acordei o jantar estava pronto, mais um grande repasto proporcionado pela Chef Tisca, a qual ja nos tinha brindado com uma refeição no Rio. Por volta da meia noite e tal saímos de casa rumo ao Teatro Mars. Um teatro transformado em discoteca onde ficámos até tarde. Depois ainda demos umas voltas de carro até que decidimos ir para casa.
De manhã, com uma ressaca bastante presente, acordo com uma chamada a avisar que vão passar a buscar-me daí a 10 minutos. 10 minutos! Tempo para o banho mais rapido de sempre (por insistência da Maria, porque não estava com vontade nenhuma). Chega a van para me apanhar e levar ao autódromo. Lá dentro vinham 5 pessoas, com idades à volta dos 30, muito animadas. "Quer uma cerveja?", perguntam-me. Eram cerca de 10 da manhã. Abrem um pequeno frigorifico cheio de Heineken fresquinhas e passam-me uma para a mão sem esperar pela resposta. Vamos embora! Lá teve que ser e passou-se a hora até ao autodromo entre cervejas e risadas.
Chegados a Interlagos andámos um pouco às voltas à procura da nossa bancada entre as muitas existentes. No céu não paravam de passar helicopteros trazendo a "gente endinheirada" de São Paulo. Encontrámos a bancada. Felizmente era coberta e por trás tinha uma pequena tenda à la Estoril Open onde se almoçava. Ainda era cedo portanto tomei o pequeno almoço: um pequeno prato de sushi, regado a cerveja. Fui-me sentar e ver as corridas de Maseratis e Porsches programadas para a manhã. Espalhadas pelas bancadas estavam grandes arcas com coca-colas, aguas, cervejas, sumos, etc. e umas televisões para acompanhar melhor as corridas.
Da bancada onde estávamos viam-se 8 ou 9 curvas, permitindo ver uma boa parte da corrida. Antes da partida, mais uma rodada de sushi, sem duvida a minha comida do momento. Bem menos monótona do que estava à espera, a corrida teve um dos finais mais disputados de sempre, tendo provocado euforia geral entre os espectadores (um maluco saltou da bancada de uma altura de cerca de 5 metros para tentar chegar à pista, tendo-se partido todo na aterragem), seguido de um dos maiores baldes de àgua fria de sempre (nessa altura tava o bacano a ser escoltado pela policia para fora do autodromo). No minuto em que a corrida acabou a chuvada transformou-se em diluvio e apanhámos um banho na volta para a van.
De volta ao centro de São Paulo, eu e mais dois resistentes que me acompanharam no GP preparámo-nos para ir sair. Deram-me boleia e fomos até ao Bellini, um dos lugares mais badalados de SP. Quando chegámos eram 7 e meia, muito cedo pensava eu, e realmente estava pouca gente. "Já vai ver" dizia um, enquanto arranjávamos uma mesa perto da pista. Beberam-se uns copos e o lugar ia enchendo. Chegaram umas amigas do Rio que também estavam a visitar São Paulo e às 9 e meia estava tudo ao rubro, noite à séria num Domingo, mas cedo. À meia-noite estava fechado e tudo dali para fora. Voltei para casa para tentar aproveitar o dia seguinte.
Segunda-feira deu tempo para ir almoçar ao cromíssimo centro comercial de Higienópolis (um grande Big Mac) com a Maria e ir a uma pequena entrevista de trabalho à tarde, de onde segui directo para o aeroporto.
Foi uma grande estadia em São Paulo, proporcionada pelos grandes anfitriões: Maria, Tisca, Pi e Bica. Deu para ver as diferenças entre São Paulo e Rio, sendo a primeira uma cidade mais cosmopolita, com uma vida nocturna mais sofisticada, com muitas opções para se entreter, onde o show-off é maior, existindo stands de carros com um nivel inexistente até em Lisboa (vi numa montra um Pagani Zonda, carro rarissimo, para não falar dos inumeros Ferraris, Lamborghinis, Porsches, etc). No entanto, e especialmente para quem vem de uma cidade como o Rio, sente-se a falta da praia e de espaços mais abertos e também algum sufoco provocado pelos prédios interminaveis. Mas fica claramente uma nota positiva para a cidade.
Hoje à noite vamos levar duas visitas nossas, o Kiko Beirão da Veiga e o Manuel Coimbra, a um festival da Vivo onde ouviremos entre outros Booka Shade e que promete durar até de manhã.
Beijinhos e abraços
1 comentário:
Que maravilha , o barulho dos F1 ate arrepia, ainda me lembro da ultima corrida no Estoril com o Damon Hill num Williams Reanault , uma barulheira...
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