terça-feira, 16 de setembro de 2008

5 dias, 5 noites em Buenos Aires

Quarta feira passada arranquei de manhã para Buenos Aires com o objectivo de visitar os meus amigos que para lá andavam, visitar os que vinham do Chile para lá, e ainda obviamente visitar a cidade uma vez mais, visto que já lá tinha ido uma vez apenas para fazer turismo.
1º dia
Cheguei ao Aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires, cerca das 4 da tarde de quarta feira e segui directamente num Remis, uns taxis mais seguros pois Buenos Aires não é uma cidade totalmente segura, em direcção a casa deles. Chegado a casa deles deparo me com um cenário inesperado. A RTP Internacional está a fazer uma reportagem sobre alguns portugueses a viverem em Buenos Aires, e eles obviamente fizeram parte da reportagem. A reportagem apesar de ser interessante já fartava pois prendia lhes uma data de horas por dia... Por exemplo, punham o Patricio a sair da Universidade com os cadernos de baixo do braço so para fingir para as filmagens que ele ia lá estudar.

Fui muito bem recebido e à boa maneira argentina na primeira noite fizemos uma parrilhada. Uma parrilhada é um churrasco mas com carne argentina e portanto com nacos de carne gigantes. Que Buenos Aires é barato já toda a gente sabe, e por isso nao fiquei especialmente chocado com os preços do supermercado. Depois de algumas quilmes em casa segui com o Nigra, Patricio e Coimbra para uma discoteca enorme, comparada com as do Rio de _Janeiro, chamada Museo. No Museo passava o Peru-Argentina em cerca de 20 ecrãs gigantes. Quando foi golo, a discoteca foi abaixo. A entrada foram 30 pesos, ou 6 euros. "Carissimo" diz o Nigra, habituado a ainda mais barato. Depois dessas discoteca fechar ás 4 da manhã seguimos para outra chamada Asia de Cuba onde se pagou 50 pesos à porta. O Asia de Cuba é a discoteca mais cara de Buenos Aires segundo dizem, mas para mim estava ao nivel da mais barata do Rio de Janeiro.

2º dia

Depois de dormir bastante bem acordei e fui passear por Buenos Aires com o tio Patricio. Saimos e fomos dar umas voltas por Palermo mais para ver lojas e comprar algumas coisas do que para ver sitios culturais. A caminhada a pé serviu sobretudo para ver a vida que Buenos Aires tem. São milhares e milhares de pessoas a andarem a mil à hora por todas as ruas. Parecem formigas a caminharem sem sentido. Após uma longa caminhada voltámos para casa pois vinha ai mais uma noite...

Desta vez só foi o Nigra, Patricio e eu sair à noite. Antes da noite, fomos jantar a Palermo a um restaurante que eles tanto gostam chamado Parrilha 22. Para quem conhece o Alfredo em campolide, é uma especie de Alfredo um bocado mais chique. A seguir a uma bela jantarada veio a minha primeira surpresa em Buenos Aires. Entrámos numa discoteca completamente alternativa que à quinta feira tem um show. A discoteca chamava se Niceto mas às quintas transformava se em Club 69. Não dá para descrever por palavras o que é o show mas dá pa ter uma ideia pelas fotografias. Uma noite completamente diferente e alternativa, mas muito boa!


3º dia

Acordei no sofá da sala na sexta-feira e fui almoçar com o Antonio Botelho e o Manuel Coimbra ali na recoleta. Mais uma vez, dei corda aos sapatos e fiz me ao passeio. Primeiro dar umas voltas na recoleta, perto do famoso cemitério onde está sepultada a Evita Perón, e depois segui para a Calle Florida. A calle Florida deve ser dos sitios com maior densidade populacional do mundo e se nas ruas normais as pessoas andam a mil, na calle Florida andam a cem mil! Por estes lados de Buenos Aires ainda deu para assistir à sempre impressionante dança argentina, o tango! Cansadissimo de tanta caminhada, tive que apanhar um taxi de volta a casa. Seguia-se mais uma noite...





Para esta noite quem veio foi o Penim, o Ricardo, o Coimbra, o Toni e o Max, um americano amigo deles. Antes de seguir para uma discoteca chamada Rumi, tivemos na Praça Serrano a beber umas Quilmes. A Praça Serrano é uma praça cheia de bares e á sexta está cheia de gente.


Seguimos então para a discoteca Rumi. A Maneira mais simples de descrever o Rumi é dizer que é uma especie de Garage com as argentinas mais novinhas e todas bem arranjadinhas. Tocar nelas, nem com os olhos...



4º dia

Sábado acordo com o barulho ensurcedor da campainha de casa deles. Visto que eu é que dormia na sala tive que ser eu a ir abrir a porta... Quando abro a porta lá me aparecem 2 tipos de quem tinha saudades, Jorge e Draka! Abraço depois de abraço sentámo nos na sala para trocar ideias do que andamos a fazer em erasmus. Parece que no Chile, apesar de terem tido algum estudo, tambem há bastante "palhaçada". Fiquei foi impressionado com o cabelo do Draka que já está bastante grande. Faço ideia como é que vai estar quando tiver com eles daqui a um mês...

Saimos de casa para ir dar voltas pela cidade. Seguiu o Nigra, Jorge, Patricio, Draka e eu. Fomos então pela Calle Florida até Puerto Madero, passando pela casa do Presidente da Argentina, a casa Rosada. Foram alguns quilometros a andar e mais uma vez tivemos que voltar de taxi.






Apesar do frio que se fazia sentir, a noite já começava a aquecer e fomos os 9 portugueses jantar ao Parrilla 22. O jantar foi bem bom e mais uma vez, depois de algumas Quilmes, seguimos para uma discoteca. Desta vez era o Krobar. O Krobar era uma discoteca maior que ao Lux, tanto que nem vi toda, e com um som tipo Lux nos seus melhores dias. Entrámos e perdemo nos todos e por isso no fim da noite foi cada um a chegar à sua hora.



5º dia

Chegou o grande dia! Acordei e só pensava na ida ao mitico Bombonera. Mal acordei, ás 2 da tarde, acordei a casa toda para irmos para o estadio. Como alguns demoram mais tempo que outro a arranjarem-se, sai de casa com o Penim, Ricardo e Coimbra e seguimos no autocarro 152 para o Estádio La Bombonera. Já não havia bilhetes para o grande clássico Boca - Independiente e por isso tivemos que confiar na candonga. Fomos para o meio da maior claque do Boca e uma das mais conhecidas do mundo, a La 12. As pessoas que frequentam essa claque são todas chungas e mitras, mas nós estávamos vestidos a rigor.





Curiosidades do Boca: As cores do boca, amarelo e azul, foram escolhidas ha 100 e muitos anos quando os fundadores do clube discutiam as cores do clube, decidiram que seriam as cores da bandeira do primeiro barco que passasse ali ao pé do porto de La Boca. Passou um barco da Suécia e assim ficaram as cores...

Os placares gigantes da coca cola que patrocinam o Boca estão a preto e branco porque encarnado e branco são as cores do rival River.




Durante o jogo foram 90 minutos sempre a cantar e a abanar o braço. Até porque, quem não canta ou não abana o braço depressa leva caldos ou é insultado pelos outros, "eres de river cabrón!!" Enfim... o que dizer desta ida ao bombonera? UMA LOUCURA!

Depois do jogo ainda tive tempo de ir dar um salto ao famoso Caminito.

Tinha que sair de casa às 4 da manhã e por isso alguns esperaram comingo que eu fosse embora... Uma ultima Quilmes numa fantastica estadia em Buenos Aires.
Esta estadia ainda me ensinou mais algumas coisas sobre a crise financeira que se passa em Buenos. Por exemplo, não sabia que havia uma imensa escassez de moedas que tanto jeito dão para os colectivos, autocarros. Aproveitei tambem para densevolver o meu espanhol, que ficou um bocado mais "hermoso"
Obrigado a todos os que me receberam em Buenos Aires. Adorei!
PS: Quem saltou do barco foi o Ribas!

3 comentários:

Anónimo disse...

puto claro q foste tu n enganas ninguem!
abraço manu

Anónimo disse...

Mauricio Pinilla no Vasco da Gama até Dezembro...

Federico disse...

Grande Vasco,
epá grandes dias e grandes noites! obrigado pela visita! e acho bem que cumpras a promessa de cá voltar! já agora convence o resto da malta ai de casa a dar ca um saltinho!
abc!!