La Paz e uma cidade unica. A capital do pais mais pobre da America do Sul parece uma favela gigante vista de longe, mas de perto ate tem por onde se explorar. A confusao de carros, pessoas, vendedores ambulantes, tendas que vendem desde cadeados a tomadas, misturam-se com os interminaveis cabos que atravessam as ruas de uma ponta a outra e ainda com as casas de tijolos que nao so nao estao pintadas como estao todas por acabar. Ficamos impressionados com esta cidade unica, mas ao mesmo tempo adoramos.
Depois de almoco, um velho informa-me que estamos na epoca do temporal, epoca na qual chove 24h por dia. Partimos entao para um mercado para aproveitar os precos baratos que a Bolivia ja nos habituou. No mercado, a confusao ainda e maior e ainda estamos sempre inundados por um cheiro nauseabundo a Boliviano. Por fim, deitamo-nos cedo porque no dia seguinte era dia de descer a estrada da morte, ou estrada mais perigosa do mundo, a partir das 6 da manha.
A estrada mais perigosa do mundo deixou de ser transitada ha 2 anos porque fizeram uma estrada nova. Era considerada a estrada mais perigosa do mundo devido a ser demasiado estreita e ter dois sentidos. A estrada nao tinha menos de 2,5m de largura mas tambem nao chegava a passar os 4m, o que torna fisicamente impossivel o cruzamento de dois camioes. Felizmente, o bom senso obrigou a que se fizesse uma nova estrada.
Optamos por descer a estrada mais perigosa do mundo de bicicleta. No final do tour, estava prometida uma t-shirt a dizer que tinhamos sobrevivido a tal estrada. A descida foi de 64km e demoramos cerca de 4h30. A primeira hora foi sobre asfalto mas nao se via um palmo a frente. Depois, foi passar para uma estrada de terra e foi sempre a descer desde 4700m ate 1100. A estrada e de facto um perigo para carros, mas para bicicletas com travoes de disco ate se faz bem. Assustor era o facto de a medida que iamos descendo estarmos sempre acompanhados de dezenas e dezenas de cruzes com nomes e datas de pessoas que ja tinham ali perdido a vida. Segundo nos contaram, todos os anos morriam em media 100 pessoas devido aos cruzamentos entre carros e camioes. E por isto que e chamada a "carretera de la muerte", devido a sua enorme taxa de mortalidade.
Felizmente chegamos bem e nem nunca estivemos perto de ir ravina abaixo! O guia disse-nos que fomos um grupo bastante rapido mas sempre seguro. Recomendo vivamente descer esta estrada, mas ao mesmo tempo nao recomendo que vao para la fazer corridas! So nos faltava receber a t-shirt...
Depois de almocarmos em Coroico, terra onde termina a estrada da morte, entramos na carrinha para fazermos 4h de viagem ate La Paz. Achavamos que a aventura ja tinha terminado ate vermos o condutor voltar por um sitio que nos parecia familiar... Voltamos mesmo pela estrada da morte. Mandamos logo todos vir com o condutor e a dizer que aquilo nao estava no programa! Nao havia nada a fazer, iamos mesmo voltar por ali, e estava finalmente encontrada a razao para nao nos terem dado logo as t-shirts. Voltar de carro e assustador. Olhar pela janela, ver 400m de ravina e nao ver um unico centimetro a separar-nos da berma, tudo isso nos fazia pensar no que estavamos a fazer... Brincar com a vida! Para ajudar a festa, vinham carros do outro lado e ainda ultrapassavamos alguns camioes.
Enfim, correu tudo bem e fazer de bicicleta e inesquecivel. De carro, never again. No nosso ultimo dia em La Paz, aproveitamos para ir almocar ao Hotel Ritz La Paz por menos de 5 euros.
Agora, e depois de apanharmos um autocarro totalmente sobrelotado, chegamos a Uyuni onde vamos comecar um tour de 3 dias de jeep desde Uyuni ate San Pedro de Atacama no Chile. O fim de ano vai ser passado em pleno deserto.
Ate para o ano!
1 comentário:
pa oh vasco para lá de fazer montagens, todos sabemos que ficaste no rio a curtir. tas ai na genereal urquiza, qual estrada da morte qual que hehee
maryaxe
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