sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Montanita - Guayaquil - Mancora (Perú)


(O ponto azul é o sitio onde estamos, Mancora)
Montanita esteve-se mesmo bem e recomendo vivamente a quem faca esta viagem passar la um par de dias. Depois de Montanita regressamos a Guayaquil para apanhar um autocarro para Mancora no norte do Peru.

Estivemos um dia inteiro em Guayaquil. Ironicamente, um dia, e tempo a mais na maior cidade do Equador. Ha muito pouco para fazer. A cidade tem uma especie de calcadao ao longo de um rio que nao e nada de especial. Esse calcadao, o Malecon 2000, por ter sido feito em 2000 penso, e um sitio onde os locais passeiam e apanham um bocado de ar visto que a cidade no verao esta sempre com mais de 30 graus. O Malecon acaba num bairro tipico da cidade. Um pequeno morro, chamado cerro Santa Ana, que foi completamente recuperado pelo Presidente da Camara que esta no poder ha 14 anos, e passou de um bairro de lata a um bairro turistico. Vale a pena subir os 444 degraus para ver a vista sobre a cidade.

Gostei muito do Equador no geral. O povo e muito simpatico e acolhedor e apesar de muita miseria que se ve, as pessoas nao se importam com isso e andam sempre de sorriso na cara. É pena é serem um povo horrivel, com todos os tracos indigenas. Agora, chegou talvez o pais mais enigmatico de toda a viagem - o Peru.

PERÚ


Capital: Lima
Populacao: 27 milhoes
Moeda: Sol (3.04 soles = 1 dólar)
Curiosidade: Por enquanto, os inumeros riquexós (moto taxis de 3 rodas) que andam a toda a hora na vila de Mancora.

Chegamos ao Peru pelo Norte, mais precisamente por Tumbes, mas fomos directos para um sitio chamado Mancora. Mancora fez logo lembrar Montanita. Tem uma rua principal alcatroada e o restos sao ruas de terra minimas e com barracas de de metal dos dois lados das ruas. Uma verdadeira miseria. So se veem miudos descalcos, caes e galinhas por todo o lado, enquanto os graudos esperam que seja amanha. Para esta terrinha viemos com duas dinamarquesas que iam fazer dois dias de viagem até Cuzco mas que acabaram por vir conosco para Mancora.

Viemos para aqui para ter mais uns dias de praia antes de iniciar o roteiro cultural. Saimos do autocarro e entramos logo em dois riquexós que nos levaram para o Hostel The Point, mesmo em cima da praia. Um hostel so para jovens e feito por jovens. A maioria dos trabalhadores do Hostel sao bakcpackers que vao ficando por la umas semanas ou mesmo meses para ganharem dinheiro para continuarem as suas viagens. O nosso quarto era de 6 pessoas e como somos 5 tivemos um roomate ingles, fa de futebol e do Tottenham, e que dormia das 11 da manha ate as 5 da tarde. Um verdadeiro morcego. O hostel era pé na areia. A praia nao era nada de especial e tinha sempre um bocado de vento porque era muito aberta e eram quilometros e quilometros de areia. A agua continua como em Montanita, quente.

Depois de um primeiro dia de praia, que culminou com um festao no hostel para 300 pessoas, no segundo dia alugamos um buggy e fomos dar uma volta pelas redondezas de Mancora, mais precisamente para um deserto onde havia umas aguas termais. Nao percebo mesmo o porque de haver tantos riquexós. Sao ás centenas mesmo! Ainda tentamos alugar um riquexó mas saia um bocado mais confortavel um buggy. O "deserto" por onde andamos de buggy fazia lembrar um bocado o alentejo mas com paisagens bastante melhores. O mais estranho de tudo foi o facto de encontrar familias de 5, 6, 7 pessoas que tinham uma casinha ali no meio do deserto e passavam ali os seus dias.

A desorganizacao aqui é tanta que mal se tenha consciencia pode-se conduzir. Chegamos mesmo a ver miudos de 12 anos a guiar motas por ai.

Vamos agora apanhar mais um autocarro de 9 horas para Trujillo e começar a ver "pedras" e paisagens.

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