quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Rio de Janeiro, 28 de Agosto de 2008

Passou a voar. Estou cá há exactamente um mês e parece que cheguei ontem. Dizem que o erasmus é uma coisa que passa a correr e por isso temos que aproveitar todos os momentos que vivemos aqui. O que é facto é que o tempo passa mais depressa quando estamos entretidos e a divertir nos e é por isso que o erasmus passa a correr. São raros os tempos mortos.
Nesta ultima semana que passou o tempo não esteve muito bom e os programas caseiros foram mais frequentes sendo que iniciamos um torneio de PES 2008 onde assinalamos todas as vitorias e derrotas de cada um até ao fim do intercambio. Prémio final: Um dia totalmente á pala dos outros para quem tiver o melhor rácio vitórias sobre derrotas. Neste momento quem lidera é o ribas seguido do pedro e do Tomás. Eu apareço em 4º lugar com 18 vitórias e 17 derrotas. O Luis ocupa a ultima posiçao com um rácio que se mantem em segredo cá por casa.

Estou cá há um mês. Já passou aquela fase em que me sentia um turista aqui. Finalmente realizei, sou um emigrante aqui. O Rio de Janeiro tem a alcunha de Cidade Maravilhosa... Quem nunca cá veio pode pensar como é possivel uma cidade com mais de 700 favelas ser a cidade maravilhosa? A resposta é simples. O Rio é uma cidade que foi feita à beira-mar, no meio das montanhas, e rodeada por uma imensa floresta, o que faz do Rio uma cidade unica no mundo. Não existe nenhuma cidade rodeada por esta natureza e por estas paisagens. O Rio de Janeiro é a cidade com mais contrastes do mundo. Enquanto tomo um banho na praia do Leblon, melhor zona do rio de janeiro, olho para a favela do vidigal. E enquanto eu acordo e dou de caras com um prédio, na favela do vidigal, quem acorda tem das melhores vistas do Rio. Nas ruas é uma mistura de classes e raças em todas as ruas.

São estes contrastes que nos levaram no outro dia a estar na praia a dar toques com 3 miudinhos da favela do jacaré. A felicidade deles conosco não podia ser maior e passadas 1h30, quase 2h, de brincadeira com eles, vieram nos pedir uns reais para comer. Só espero mesmo que esses reais tenham ido para comida... Quem acha que o Brasil é barato e que estamos aqui a viver que nem uns reis engana-se. O Brasil é dos paises com maior crescimento do mundo, ou não fosse a 8ª potencia do mundo. A taxa de inflação é bastante alta e os preços sobem de ano para ano. Este pais já não é o pais das bananas, onde qualquer tuga chegava cá e era o rei. Exemplos de preços, coisas baratas e caras:

- Taxi, inicia se nos 2 reais e meio, 1 euro
- Empregada, 350 reais, 2 vezes por semana, 140 euros
- cerveja, 30 centimos no supermercado, 80 centimos na rua
- Bilhete para o futebol, 30 reais, 12 euros
- Saida à noite, Baronetti 80 reais com consumo, 32 euros, kathmandu 75 reais com consumo 30 euros, rio scenarium 25 reais sem consumo, 10 euros, zerozero 30 reais sem consumo, 12 euros e por ai fora
- Pastel de Carne 3,5 reais, 1,60 euros
- Autocarro mais metro até onde quisermos, 2,40 reais, pouco menos de 1 euro
- Sushi, nunca menos de 40 reais, 16 euros

No Rio rende sem duvida usar os transportes publicos. Alem de serem de boa qualidade, estão sempre a passar autocarros e sao baratos para o tamanho do percurso que fazem.

Apesar de toda esta experiencia, não considero isto um erasmus. Aqui não existe aquele espirito erasmus que existe dentro da Europa. Não nos damos com italianos, franceses, espanhois ou ingleses. Todos os amigos que fazemos são brasileiros. Os brasileiros são um povo com uma simpatia natural. O povo carioca, sobretudo, é um povo bem formado e que anda sempre de sorriso na cara. Podem me criticar à vontade mas isto ninguem me tira da cabeça, este povo é mesmo bem formado. É normal que em milhoes e milhoes de pessoas exista crime mas a maioria das pessoas nao são o que pintam! As favelas existem por as pessoas serem pobres. Um favelado não é nenhum criminoso, apenas não tem recursos para viver noutro sitio. Eles são a prova que dinheiro não é felicidade. Tenho a certeza que em termos académicos existem sitios melhores mas como experiencia e para o meu crescimento como pessoa tambem tenho a certeza que estou no sitio certo.

Existem outras coisas que nos fazem sentir inevitavelmente em casa. Todos os dias saio de casa, digo em bom portugues "bom dia" ao porteiro e quando o portão prédio se abre começo a pisar calçada. Enquanto sigo caminho pela calçada até ao BB lanches para comer um pastel, passo por uma cafetaria chamada Rio Lisboa... A herança que deixámos aqui é enorme!

Enfim, e este foi um mês que passou e agora é continuar a descobrir o Brasil e a America do Sul.

Há muito para descobrir por aqui. Dia 10 vou para Buenos Aires.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Rio de Janeiro, um momento


Há um lugar, um momento do Rio que é mágico. Há mais que um claro, mas este lugar estou completamente apaixonado. Vi num dia destes um filme brasileiro que saiu faz pouco tempo. Chama-se "Era uma vez", e indirectamente diz tudo sobre o que eu sinto por este lugar.


Quase todas as manhãs saio mais cedo na minha bicicleta nova e mais uma vez para la vou e por lá passo..


Não sei bem explicar o porquê de me sentir tão bem por lá, é como ir a Roma e gostar de me sentar na Piazza di Spagna, pura e simplesmente gosta-se. Há espaços assim, são espaços de estada que, como o nome indica, servem para estar, e respirar um bocado de cidade e observar o que as pessoas fazem e a maneira como atravessam esse espaço, ou como param 2 minutos para tambem disfrutar um bocado.


O calçadão começa numa ponta de copacabana e acaba na ponta do Leblon (ou ao contrário) delineando toda a faoxa de praia de Copacabana, Arpoador, Ipanema e Leblon. Inclui uma ciclovia e módulos de pequenos bares de praia que se vão repetindo pelos aproximadamente 8 Km de calçada. A zona entre Ipanema e Arpoador é a que contém a maior parte dessa magia que eu não sei explicar.


Neste filme que vi (uma história de amor entre um favelado e uma carioca rica) vi de novo estes espaços, os bares e as cadeiras exactamente como elas são, o movimento, as pessoas, os vendedores, o calçadão, a praia e as ondas, mas agora, tudo a ser posto num pedestal, num ecrãn de cinema.


Foi uma coincidência engraçada. No momento em que começava a teorizar sobre este espaço, aparece-me o próprio num ecrãn de cinema, tal e qual como ele é. Afinal houve mais alguém que se apercebeu da sua magnificência.

Normalmente saio e faço todo o calçadão, só paro aí nessa zona, entre os postos 9 e 7. Estamos por cá no inverno mas tem estado dias de verão então mesmo que sejam 9 da manhã a praia tem muita gente, e a ciclovia muitas bicicletas. Vou dar um mergulho normalmente e apanhar um bocado de sol, o povo mais bonito do Rio está todos os dias a manter o bronze... bebo uma agua de côco tem la umas barraquinhas de massagens..

...e isto tudo a 2 minutos do centro de movimento da cidade (zona Sul)! Será que existe uma coisa assim em outro lugar do mundo? Acho pouco provavel, pelo menos com esta escala, o Rio deve estar no Top das maiores cidades do mundo e quantas dessas são perto do mar? e as que são perto do mar será que tem praia com esta qualidade? mesmo que tenham... será que o povo que as habita é tão propicio a praia, sol e desporto como o povo carioca? Acho que não.


O Rio é o melhor sitio de sempre para estar? Acho que é.


Abraços

sábado, 23 de agosto de 2008

Mais chapas

Deixo aqui mais umas fotografias dos ultimos dias...
Desde a festa da Lemos, passando pelo arpoador e pelo joaquim e a terminar no sitio de sempre, a praia.
Erasmus
Mariana e eu


Isto é que é um fato de banho!
Altinho no posto 9
Festa da Lemos
Desmarets e eu
Chefe


Arpoador
SPORTING!!!
Euriboti e Obafemi Martins
Festa da Lemos
Tão animados...

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Chapas

Aqui ficam umas chapas do que temos feito nos ultimos dias, desde cozinha a jardins selvagens...
As imagens falam por si...
Um abraço do fotografo ca de casa.


A maravilhosa vista da nossa varanda



Grande pitéu concebido pelos chefes Luis e Tomás



Garçon Euribotxi compôs a mesa



Jardim Botânico





Festa da Mariana Lemos




Futvolley

Supertaça Cândido Oliveira

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Olha olha quem é ela!

"Pô cara isso é mesmo dinheiro fácil". Quando ouvi esta frase atrás de mim a meio de uma aula virei me devagar para trás a pensar "olha queres ver...". Quando acabo de rodar a cabeça 180º vejo o que eu esperava. Lembram se das rodas? Pois é, tava uma brasileirinha a explicar a outras 2 amigas o esquema. Enquanto ela ia desenhando as rodas, as outras iam comentando "mas isso é mesmo só pelo dinheiro", "cara, mas isso é a base da confiança", e a outra continuava a convencer "isso funciona mesmo".

Ainda tive para lhes explicar o que se passou em Portugal, mas já agora tou curioso para ver como se vai desenvolver este fenómeno no Brasil!

No final da aula fui ver o que elas tinham desenhado na mesa. 2 rodas, e uma piramide. No topo da piramide ja tava um "eu" com nomes até lá abaixo onde havia 2 posiçoes vazias. Na PUC isto já está a rebentar pois depois disto o vilela tambem viu uns a desenharem as rodas nos corredores da faculdade.

Enfim, boa sorte aos brasileiros que entrarem no esquema da "roda"!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Festa do Futebol

Acabei de chegar a casa ás 9h depois de uma aula que começou ás 7, à qual cheguei ás 7h40 e acabou ás 8h30, quando devia acabar às 11h da noite.

Este fim de semana, sempre acompanhado de 30 graus celsius, foi bem agitado. Sábado saimos do posto 9 às 4h30 para irmos directos para uma lanchonete chamada raquete, mais conhecida por joaquim, para vermos a final da Supertaça Candido de Oliveira. Sporting - Porto. Estavamos cerca de 25 portugueses a ver o futebol na lanchonette. O primeiro jogo que assisti ao vivo do Sporting no Rio não podia ser melhor. 2 - 0, 2 golões do Djaló, um Porto completamente desorientado e várias skols pelo meio! Sempre que era golo do Sporting a lanchonette ia abaixo. Pelo meio dos adeptos do Sporting, um reporter da RTP, bastante simpatico apoiava vivamente o Sporting. Enquanto assistiamos ao jogo, eu e o ribas pensávamos que já teriamos feito 300km de São Martinho até ao Algarve para assistir ao jogo. Meu grande Sporting, apesar da distancia, apesar de não ter gamebox este ano, vou continuar a vibrar contigo como se estivesse ai.

Saimos da lanchonette para vir a casa tomar um banho, jantar e ir para uma festa. A festa era da Mariana Lemos. A Mariana é uma portuguesa que veio viver para o Rio há 2 anos e que nos convidou aos 7 para ir à festa de anos dela. Seguimos então para casa dela para uma grande festa caseira! Entrámos numa casa na Delfim Moreira, virada para à praia em cima do posto 12. Entrámos na festa e tavam vários cariocas sentados em mesas a beber umas caipiroskas e umas cervejas. Achámos que o que eles estavam a fazer era interessante e acompanhámo los. Depressa, o espirito dos portugueses tomou conta da festa e fomos nós a abrir a pista de dança. No bar das caipiroskas apenas se ouvia o nosso portugues, de tal maneira que o homem do bar foi se embora e o ribas tomou conta do bar. A festa não podia ter sido melhor, não faltou nada à boa maneira hospitaleira, brasileira. Não podemos deixar de agradecer à Mariana e à sua familia pelo convite e pela maneira como nos receberam.

A nossa vida por cá tem sido muito sol, muita praia, e muita bicicleta. Hoje fizemos pai 12km de bicicleta numa volta à lagoa que vale mesmo a pena cada metro que se faz. Esta cidade é mesmo maravilhosa!

Entretanto deu-se uma terrivel noticia, a prichila despediu se e arrumar esta casa tem sido dificil. No entanto, já arranjamos outra empregada que dá pelo nome Dajudah. O nome não podia ser mais indicado, e a partir de amanhã ela já começa a Da(r)ajudah.

Sem mais, um abraço, do sempre amigo,

Vasco Fino

PANDA

De frende pró gol, Luis não falha.

Os últimos dias têm sido recheados de sol e praia, cada vez gosto mais desta cidade e começo a acreditar que a unica maneira de matar as saudades vai ser recebendo quem me queira vir visitar... Porque eu daqui não saio, e uma coisa é certa: Quem vier não se vai arrepender.

Finalmente ecolhi qual cadeira de projecto quero fazer, tive então a minha primeira aula desta que é a cadeira mais importante pa quem faz arquitectura...

Era ás 7 da manhã, mas fiquei sozinho à espera até as 7:45 e aí começou então a aula surreal. O professor, ou melhor, o João Calafate, como agora já o trato, aliás, só Calafate esteve a primeira hora e meia de aula a falar comigo sobre tudo menos Arquitectura: Noite, portuguesas vs brasileiras, jogos olimpicos, viagens, etc...

Eu já me estava a sentir um bocado mal porque ele não prestava a minima atenção aos meus colegas que queriam trabalhar... e quando olhei de relance apercebi-me de uns olhares estranhos. Quando a situação piorou.

Debruçamo-nos então sobre o essencial (projecto) e ele adorou as minhas ideias, fez-me, nem mais nem menos, expo-las para toda a turma (coisa para qual eu não estava minimamente preparado) e no fim ainda disse que deviam seguir o meu exemplo para a metodologia a seguir. Não sei o que todos ficaram pensar de mim, mas senti que o ambiente estava um bocado pesado do lado deles, nunca tive tanto em evidencia numa aula de projecto como hoje, enfim... Calhou-me uma Natalia e uma Marina horrorosas para grupo, mas o Calafate me disse (com um sorriso matreiro) que elas eram uito trabalhadoras... hehe

No fim da aula ainda me deu o contacto de um amigo para se eu quiser estagiar (remunerado) e disse que na proxima aula a gente combinava ir beber uns copos a um bar qualquer pa ver umas gatinhas (ele tem 60 e tal anos).

Relativamente ao titulo, baronete e 80 reais podem valer a sorte grande..


segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Salto da Pedra Bonita

Hoje de manhã fui fazer asa delta com uma amiga do Rio, a Carol. Depois de uma primeira tentativa no sábado passado, que se ficou por tentativa porque o vento mudou, finalmente consegui saltar da Pedra Bonita. Aqui fica o registo fotográfico de uma grande experiência. O video está para breve, faltando apenas uma pequena edição de maneira a encurtá-lo.

A cara de parvo, reveladora de alguma ansiedade. O penico na cabeça não ajuda...

Depois do salto, muito calmo



A Rocinha lá atrás


São Conrado, Rocinha, Morro dos Dois Irmãos



São Conrado

Por cima da praia de São Conrado

A aproximação à "pista" de aterragem

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Tour do Rio

Finalmente temos bicicletas! Cada bicicleta tem a sua historia por isso vou contar por ordem cronologica a historia de cada uma. O primeiro a tomar uma atitude e decidir que nao ia esperar mais pelo Mazinho foi o Luis Maria. Bem ao seu jeito, saiu de casa sozinho e voltou com uma bicicleta novinha em folha comprada numa loja aqui perto. A bicicleta do Luis é bem croma. Sendo o primeiro a ter bicicleta não demorou tempo e fez se à estrada. Saiu do posto 12 do Leblon, foi até à ponta de Copacabana e ainda deu a volta à Lagoa, num total de cerca de 20km.

O Pedro, impressionado com o jeito que dava uma bicicleta tambem se chegou à frente e comprou um ferrari. O modelo é a mesmo do Luis Maria, mas montou lhe uns kits e ficou uma cromice. Enquanto eu, ribas, vilela e tomás viamos eles a irem para a faculdade em 3 minutos em vez de demorarem os habituais 10, pensávamos que tinhamos mesmo que comprar uma daquelas invençoes fáceis mas que tanto jeito dão. O Tomás anteontem à tarde foi o mais prático. Saiu de casa, foi ao bicicletario do prédio, que tem pai 100 bicicletas, pegou numa sem rodas, corrente e com um volante parecido com o da bicicleta da minha querida avó e vendo que ela estava abandonada meteu a arranjar. Por uns módicos 40 reais, 16 euros, o Tomás arranjou o seu velocipede.

Ontem de manhã eu, ribas e vilela decidimos que iamos desistir mesmo do mazinho e iamos arranjar uma bicicleta. Tentei ser como o tomás. Sai de casa, fui ao bicicletario do predio, que tem pai 100 bicicletas, mas nao encontrei nenhuma sem rodas, nem corrente, nem com um volante parecido com o da bicicleta da minha querida avó. Diriji me ao porteiro para saber se ele sabia de alguma bicicleta abandonada no prédio. Ele respondeu me que não sabia mas que tinha lá uma para vender. Nem queria acreditar na bicicleta que ele me ia vender! A bicicleta até mudanças tem, e está em bastante bom estado... Achei que ele me ia pedir 200 reais pela bicicleta, quando ele diz que eu lhe posso dar uns 50 reais ou irmos beber uns chopinhos e depois em dezembro ou janeiro devolvo lhe a bicicleta. Nem pensei duas vezes, por 50 reais, aquela bicicleta é minha.

O ribas e o Vilela ainda foram procurar bicicletas para a rua e compraram umas novas em ipanema que depois vendem e por isso tambem vai sair bem barato. Encontrámo nos todos menos o Pedro, que sempre preocupado com o desconto para o IRS procurava facturas, e o Martins, ainda doente naltura, e fomos dar umas voltas. Fomos até à pedra do arpoador onde se tem uma granda vista para o vidigal, dois irmaos, leblon, ipanema e ainda o principio de copacabana. Ainda no arpoador havia um ginásio ao ar livre que qualquer dia vou lá experimentar!

Ontem à tarde sabiamos que havia uma chopada num bar tipo botica ao pé da PUC chamado Seu Pires. Saimos de casa de bicicleta, deixámos as bicicletas na PUC e seguimos para o Pires. Enquanto atravessavamos a PUC iamos ouvindo cada vez mais alto um sonzinho (obrigado costa), daqueles que o Tomás tanto gosta, estilo electro. Estava um festão no meio da PUC! Eu nem queria acreditar... Uma faculdade de repente transformada numa discoteca. Ficámo nos por lá a beber uns chopinhos e depois seguimos para o Seu Pires. O Seu Pires é em cima de uma rua onde passam carros a 200km hora e onde tão 1000 pessoas a rasar os carros que vao passando na estrada. No entanto, é lá que tá toda a gente e tem um ambiente espectacular. Tivemos lá um bocado até que nos mandaram para um bar uns 100 metros à frente onde havia um barzinho para os estudantes de administraçao. O Ribas era um deles. Por 5 reais, 2 euros, bar aberto de cerveja. Claro que ficámos lá horas...

Entretanto voltou o bom tempo e temos passado todas as tardes na praia... mas desta vez é no posto 9, à frente do coqueirão. Hoje à noite não vou fazer grande coisa porque amanhã tenho que tar ás 8 na PUC. Tenho uma aula, e como sabem não gosto de faltar ás aulas. Amanhã tenho das 8 às 10 Passeios Ecológicos, cadeira que luto para ter uma boa nota.

Bem, a todos os que vão para Sao Martinho, desejo uma muito boa viagem pela perigosa A8 e divirtam se tanto no Solar como... na Boni.




Fim de tarde bem passado na companhia de Celeste, Nati, Lu, e Sofia

As novas aquisiçoes com o arpoador como fundo

Pedra do Arpoador

Pedra do Arpoador com a praia de Ipanema e Leblon por trás, fim de tarde enovoado...

Os dois irmãos, vista do posto 9

E passadas quase 3 semanas aqui já só dou toques como eles, as famosas queijadas. Mas isso nem é o mais importante. Reparem na obra de arte que estou a envergar.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Porra... (sem factura)

Ao mesmo tempo que acabava de escrever o meu ultimo post aqui no blog pensava que ainda iria demorar ate escrever o próximo, mas enganei-me. Enganei-me porque nunca esperaria que num tão curto espaço de tempo fosse voltar a ter uma experiência digna de ser partilhada com todos os amantes deste blog.

Irei então falar sobre um tema que tem sido (inevitavelmente) bastante abordado: Mulheres. Mais especificamente, Sofia Alejandra Moretti (Ver o post "Garota de Córdoba"). A sua estonteante beleza faz com que (na minha opinião) mereça mais um post em sua homenagem, e para os mais curiosos: desta vez não houve factura para ninguém. A historia já foi contada, por isso apenas irei fazer uma analise a alguns detalhes. (que falharam)

Em primeiro lugar, a ideia de chamar o homem das pulseiras, ter-lhe pago 5 reais para ele se dirigir ao grupo de argentinas e dizer á Sofia para escolher uma foi boa (modéstia a parte) mas... podia ter sido melhor. Isto porque comet(i)emos o erro de num grupo de 4 argentinas evidenciar uma delas (logo a mais gira). Conclusão, as outras 3 ficaram-se a achar uns cães da favela enquanto 6 portugueses olhavam embasbacados para um pedigree de sangue argentino.

Em segundo, para quem viu o filme "uma mente brilhante" deve-se lembrar que uma das suas teorias revela que "Se os 6 homens investirem na mulher mais gira o mais provável é ninguém facturar, enquanto que se a investida for distribuída pelas outras, as hipóteses são maximizadas". Isto porque as outras sentir-se-ao mais valorizadas em relação á mais gira aumentando a probabilidade de sucesso. Por sua vez, a numero 1, a que á partida era mais interessante, não querendo sentir-se desvalorizada em relação as outras, acabará por aceitar ser pescada pela primeira rede que lhe aparecer a frente.

A teoria faz todo o sentido mas nem nos passou pela cabeça pô-la em pratica. Contudo, no segundo aseguir a Sofia Alejandra ter afirmado que tinha namorado, Pedro levanta-se e vai buscar uma caipirinha para oferecer á argentina que estava na 2ª posição do podium, mas nao houve medalha para ninguém. As desilusões iam-se acumulando mas o pior ainda estava para vir. Como sabem, antes da despedida trocamos emails entre todos. Chegamos a casa e adicionamos as 4 argentinas ao "facebook" (desta vez demos importância as 4) mas claro só uma interessava ver. De olhos fixos no seu álbum de fotografias cedo percebemos que em todas elas se encontrava acompanhada.

Senhoras e Senhores, de nacionalidade mexicana apresento-vos "Amjed Porras". Este individuo é sem mais nem menos o namorado da nossa latino americana. Para quem acompanha o mundo do futebol, este mexicano tem o cabelo de Luis Figo dos anos 90, veste-se á Ricardo Quaresma, e como se não bastasse ainda toca violino. Rapidamente choveram insultos: Pedro desabafava "Isto é injusto..."; Vasco "Vou aprender a tocar violino" e eu apenas disse que contra factos não á argumentos: o mexicano pode ser tudo e mais alguma coisa mas a verdade é que com ou sem violino era o Porras que tinha a factura na mão. E logo de seguida o alvo dos insultos era eu. Mas a verdade é esta: Porras, (calculo que seja assim que os teus amigos te tratem) por mais respeito que eu possa ter por ti, por mais qualidades que eu (não) acredite que ela veja em ti, por mais musica mexicana que lhe tenhas dado, a verdade é que o teu nome não é digno da beleza que conseguiste conquistar. Mesmo assim caro amjed desejo-te las mejores felicidades.

Á atenção das famílias Finos: Ainda na fase em que estávamos todos apaixonados pela (já famosa) argentina, não posso deixar passar ao lado alguns desabafos do Pedro e do Vasco. Pedro falava em "ter já 6 filhos" e Vasco "casava-me já". Mas não se assustem porque rapidamente lhes pus juízo na cabeça e expliquei que estas paixões por sul americanas vão ser frequentes e passageiras.
P.s- Acho que fiz bem, a não ser que os Tios não se importassem de ter sangue argentino na Família Fino.


Oi

Olá malta!!

Finalmente arranjo um tempinho para escrever neste “maravilhoso” blog!

A estadia tem sido óptima, apesar de nesta semana o tempo não ter ajudado muito.

Ontem passei o dia todo com o Vasco Martins e mais uns caras de intercambio, na polícia federal. Fomos com a Puc numas Vans até á Policia, que é no Aeroporto Internacional, chegamos lá e tiramos uma senha, olhamos para o número da nossa senha, que era o 150 e 151 respectivamente. Ficamos eufóricos pois quando olhamos para a placa digital que vai mostrando os números, vimos que estava no número 149!

Enfim, estava a correr bem demais, pois toda a gente fica lá o dia inteiro á espera de ser atendido…Por grande infelicidade nossa, um policia vem ter connosco e diz-nos com um ar zangado que estávamos na fila errada, e que a nossa fila era uma que estava do outro lado da sala, e que ia no numero 580 !!!!
Ficamos lá horas, dormi, ouvi musica, li revistas…tudo o que se faz quando não há nada para fazer!! La para as 4 da tarde fomos atendidos, pegamos logo um onibus e viemos para casa...

Hoje tivemos um dia normal, apesar de termos acordado todos as 8 da manhã com o Ribas que estava com problemas de estômago…Fui para as aulas que começavam as 11 e de seguida vim para casa com o Vilela. Vesti o fato de banho e fomos todos para a praia. Estava que nem Salgados! Um vento imenso, e um mar terrível, decidimos então deitarmo-nos todos e descansar um pouco, quando um moleque vem ter connosco e nos desafia para uma peladinha. Lá começou o jogo, e mais não conto…ainda estamos na pré-epoca, eles já vão a meio do campeonato malta!

Bem aproveito aqui para mandar uns abraços e beijos para todos os meus amigos e familiares que estão espalhados por este planeta… Singapura, Chile, Argentina, Mexico, Espanha e o meu querido Portugal !!

Boa sorte, TMB

Chefe

Quem faz as verdadeiras maravilhas culinárias cá em casa?

Comprei uma bicicleta nova, tá tudo a durmir ainda, vou dar uma volta até copacabana e passar uma olhada no posto 9. Dizem que é interessante.

Parabéns para o Diogo meu irmão, o Stefano, a Binha, o Ia e o Bruno B.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Terça, o pior dia da semana.

Ontem depois do grande dia passado na companhia de quatro argentinas, fomos à Academia da Cachaça aqui perto de casa com duas portuguesas, a Catarina e a Daisy. Como ninguém gostava muito de Cachaça ficámo nos todos pelas caipiroskas e pelas cervejas. Fizemos um esforço para chegar a casa cedo, o que aconteceu por volta da 1 e meia.

Com aulas às 9 da manhã pus o despertador para as 8, e fiz o tradicional snooze até as 8 e 40 até acordar, sem vontade nenhuma de me levantar da cama e enfrentar aquele que é sem duvida o pior dia da semana. Já pronto, pus-me a andar para a PUC, ou como eu gosto de lhe chamar, a "mina". Era a primeira vez que ia a uma aula da cadeira de Engenharia Financeira e esperavam-me 4 horas dessa matéria. Quando entro, 15 minutos atrasado, reparo que está tudo a fazer teste. Sentei-me, peguei no enunciado, e percebi que nada sabia daquilo. Sem caneta nem papel tive de cravar material ao coitado que estava ao meu lado concentradissimo no teste. Faltava-me tambem uma calculadora, peça indispensavel visto que os calculos eram impossiveis de fazer de cabeça e a qual já nao tive lata de cravar ao rapaz. Resumindo, falhei miseravelmente o teste. Mas pelo que percebi da conversa do professor, também não era assim tão importante. De seguida o professor desatou num monólogo chatissimo sobre fluxos de caixa e juros, com demonstrações muito simples, e lentamente o sono começou a apoderar-se da sala. Um a um, os alunos da ultima fila iam adormecendo com a cabeça entre os braços, deitada em cima da mesa. Sentado na ultima fila, e após ter reparado que o professor não se opunha aquela prática, juntei me, solidário, aos meus colegas e iniciei uma sesta de cerca de meia hora. Uns ricos 30 minutos que me ajudaram a aguentar o resto do dia.

À hora de almoço dei o tradicional passeio pela mina, passando pelo corredor dos pilotis, um corredor enorme com pilares, lugar de referência na universidade, e no qual parece decorrer todos os dias um autentico desfile de gatas.

À tarde, tive mais uma maratona, com 3 horas de Administração (para Engenharia) as quais acabaram por ser 2. Tudo isto enquanto que o resto do grupo espalhava magia nos campos de volley da praia do Leblon com as argentinas. Só o paparuco do Pedro é que estava nas aulas.

Cá em casa a empregada baldou-se ao dia de trabalho, e a situação ameaça tornar-se grave pois os dias que antecedem a vinda da Super Priscilla caracterizam-se por um maior desleixo no que toca a arrumações.

Hoje à noite parece que vamos ter com as argentinas outra vez. Não percam o próximo episodio porque nós também não.

Abraços e beijinhos

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Garota de Córdoba

Estou cansado e com fome. Hoje andei que se farta. Acordei ás 8 da manhã para ter uma aula ás 9 que... afinal não tive. Cheguei à faculdade e procurei a sala LAQ5A. Para variar, voltas e mais voltas e nao encontrei nada. Já farto de procurar, desisti e fui andando para casa. Como estava cheio de fome e não tinha chave de casa fui ao BB Lanches comer mais um pastel de carne. Já perdi a conta de quantos comi desde que cá estou mas apesar de tudo ando a comer pouquissimo cá. Como estamos sempre a fazeer coisas, não temos tempo para comer. Só jantares mesmo... Depois disto tudo fomos todos para a praia.

Pusemo nos a jogar futevolley como os brasileiros. É tramado jogar! O campo é gigante e a rede altissima, alem de cada um só poder dar um toque. Fizemos 3 para 3 e eu espalhei alguma magia com pontapés acrobáticos do outro mundo. Enquanto nos divertiamos na rede, 4 garotinhas riam e olhavam para nós enquanto saboreavam umas caipiroskas. Depressa concluimos que nao eram cariocas porque nao tava muito bom tempo, e as cariocas nao saem à rua com mau tempo, muito menos ir à praia... Entre elas, saltava uma á vista que rapidamente nos chamou a atenção. Do nada parece que gritaram "inzaghi" a olhar pa nós e a dizer adeus. O simpático Pedro ainda acenou com o braço, mas deu uma de patrão, desviou o olhar, e continuou a jogar. O Pedro do alto da sua inteligencia sussurrou para nós "não vamos já lá para não dar muita cana..." O jogo era até aos 15 e estava 4 - 3 para a minha equipa, mas depressa esquecemo nos de contar os pontos e ficámo nos por ali a fazer tempo para ir lá meter conversa com as "não cariocas".

Chegámos aos 15 passados alguns minutos e fomos tomar um banho. Ficámos à beira mar à conversa até que passou um vendedor de pulseiras. Ribas abriu o livro e começou a distribuir jogo: Chamou o homem, pagou lhe uma pulseira, e mandou o homem dirigir se à princesa vestida de cor de rosa que por esta altura já sabiamos que falava espanhol. O homem chegou à princesa e disse que ela podia escolher uma pulseira à vontade que o ribas tinha pago. Ela riu se e piscou o olho ao ribas! Após alguma conversa com o vendedor das pulseiras e depois de nos terem deixado bastante ansiosos, vieram ter conosco a agradecer o "regalo". Convidámos as para ir beber uma caipiroska ao calçadão. Por esta altura já sabiamos que eram argentinas.

Sentámo nos os 10 no calçadao, ribas, pedro, luis, vilela, martins, sofia, luciana, celeste, nati e eu. Tentámos desviar os olhos da sofia mas nao dava. Naquela altura eu pensava que era a miuda mais gira que tinha visto até hoje. Todas elas inundavam em simpatia. 3 estudavam em cordoba enquanto a princesa sofia estudava em Los Cabos no Mexico. As caipiroskas vieram e após 5 minutos de conversa Ribas quis por os pontos nos "i"'s. "Vosotras estan enamoradas?" Celeste responde que não, Nati tambem responde que não. Tivemos uma fracçao de segundo em que todos tavamos nas nuvens até que rapidamente veio o balde de água fria e caimos todos por terra. Sofia abana a cabeça de cima para baixo... Ribas larga um "foda se..." muito baixinho. A conversa parou de ter interesse. Nessa altura entrámos em modo conversa de chacha e começamos a falar uns com os outros em portugues rapido e javardo. Depois de 5 minutos de termos interiorizado a pior noticia do dia, telepaticamente começámos a fazer conversa com a 2ª melhor, Luciana, que não tinha namorado. Contou nos tudo sobre a Argentina e acabámos a combinar "assados" (churrascos). Elas eram muita simpaticas e ficamos pai 2 horas a conversa com elas ali no calçadao. Trocámos mails e facebooks com elas. Francisco Ribeiro, era tratado por Pancho Ribas (Xico em Argentino) enquanto eu não tive hipotese e começaram me a chamar VascoFino.

Lá pas 5 fomos todos embora com um jogo de volley combinado ás 12h para amanhã. Que tristeza de noticia aquela... mas apesar de tudo não somos ciumentos.

Hoje vamos só ai dar uma voltinha porque amanha vamos a policia cedo tratar do registo.

domingo, 10 de agosto de 2008

Pouca coisa para contar

Tem tado de chuva e portanto não temos feito assim grande coisa... Quinta ainda teve bom e por isso passámos o dia na praia. Ao fim da tarde é que veio uma chuvada e uma ventania enorme! Com este tempo ninguem sai mesmo á rua. Mesmo quando acalmou, fomos ao baixo gavea ver como é que tava e nao tava muita gente. É o mesmo que ir ao solar ou ao deck em janeiro com mau tempo, tá vazio! Mesmo assim ainda encontrámos lá um amigo nosso que fazia anos, o Armando.

Sexta tava uma chuva "molha parvos". Aqueles chuviscos... Acabámos por ir para a praia jogar futebol e até teve se bem.. Finalmente o pedro e o tomás conseguiram falar com a adriana que nos disse que havia uma festa privada no kathmandu de uma amiga dela. Convidou nos a todos para ir. Depois da tipica discussao do entra, não entra, devido aos 70 reais que nos pediram á porta, lá entrei eu, o ribas, o pedro, a rita, a ines e a joana... O kathmandu é terrivel. Uma especie de whispers um bocado maior. Enquanto observava as pessoas que lá andavam, dançava ao ritmo de rihanna ou shakira... O kathmandu é uma discoteca frequentada por mauricinhos e patricinhas. O pedro ainda teve num andar privado em cima onde diz que se encontrava a alta sociedadji. Fartei me depressa daquilo e vim pa casa. A adriana ainda pediu ao pedro pa nós nao julgarmos o kathmandu por esta má noite mas para mim kathmandu.... nunca mais.

Sábado acordámos e reafirmarmos que nunca mais voltariamos ao kathmandu. Depois de 2 pasteis de carne no bb lanches fomos a casa do vilela e do vasco martins ver como é que era a casa. Aqueles dois tão á lordes mesmo! Um condominio do melhor, com sauna, piscina etc... Mandámo nos logo pa sauna. Depois de algum tempo na sauna, ficámos a ver os jogos olimpicos enquanto fazia tempo pa ir po maracá.

Lá apanhei o autocarro e o metro até ao maracá. Desta vez foi o ribas, a joana, a ines, a rita e eu. Flamengo - Atletico Paranaense. O flamengo, em crise total de resultados tinha mesmo que ganhar. Depois da benção de um padre á equipa e em especial ao ponta de lança, toda a gente esperava que a sorte do Fla mudasse. Aqui, como em todo o lado, quando a equipa está mal os adeptos vao menos ao estadio e por isso a torcida não estava como da ultima vez. Fomos para a torcida Raça, que dizem que é a melhor e maior apesar de ser composta maioritariamente por favelados. Mas lá ninguem faz mal a ninguem. Entretanto o nosso canalizador diz que é presidente da torcida Raça. Os adeptos do flamengo sao todos presidentes das torcidas. É uma torcida composta de presidentes. O flamengo lá ganhou 1 0 e o estádio quase foi abaixo quando o arbitro apitou. Á minha frente um simpático homem de goiás que sabia tudo sobre o futebol portugues e diz me que o verdadeiro fenómeno não é o ronaldo, mas sim o liedson.

Ontem á noite ainda tivemos o churrasco do Armando que fez anos na quinta. Foi pena o tempo, porque tava a chover a potes e o churrasco era maioritariamente ao ar livre... De cá de casa fui so eu e o Ribas enquanto o pedro e o tomas foram jantar a casa da adriana. O luis maria tá em itaipava com uns amigos dos pais.

Bem deixo vos com os links das 3 musicas oficiais cá de casa!

Sou Ronaldo http://www.youtube.com/watch?v=JRIT3lJhUHk
Kids http://www.youtube.com/watch?v=bIEOZCcaXzE
Praan http://www.youtube.com/watch?v=zlfKdbWwruY

Experiencia de vida II

"Obrigado e parabens Armando"

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O primeiro dia de aulas (com factura)

Após varios pedidos aqui vai o meu primeiro post.

É com todo o prazer que gasto um bocado do meu tempo precioso aqui nesta cidade para contribuir para este blog com um pouco do meu (imenso) talento.

A minha historia será sobre o meu primeiro dia de aulas aqui no Rio de Janeiro. Para os que não sabem, eu estou na Universidade Estacio de Sá que se localiza
em copacabana mas também tem uma universidade no centro. Vou fazer (espero eu) 4 disciplinas em copacabana e 2 no centro. Em copacabana tenho sempre aulas
logo as 7 da manha, vou de bicicleta pelo calçadão, é um bocado longe (cerca de 4 klm's) mas faz-se bem por ser sempre a direito. Aseguir as aulas, faço o
mesmo caminho e como tem estado optimo tempo (apesar de ser inverno) paro na praia em ipanema no posto 9. Mas tudo muda quando tenho de ir para a universidade
no centro, onde não tenho as condições geograficas que tinha em copa e que de certa forma ate me davam um força para ir as aulas. Para o centro tenho de
apanhar o "onibus" que é ao lado de casa e que me leva a porta do metro. No metro tenho umas 8 paragens pela frente, quando a mulherzinha avisa "proxima estação:
uruguaina" uma multidao abandona a carruagem e eu estou la no meio . Ja deu para perceber a chatice da viagem , mas agora imaginem isto tudo em hora de
ponta, que aqui no rio é inacreditavel, demoro cerca de 1h a chegar a universidade. É esta viagem monotona que terei que fazer todas as 3as e 6as. Na ultima 3a
feira foi isto que se passou, mas o que aconteceu aseguir foi suficiente para esquecer a tenebrosa deslocação. Fui recebido logo á entrada da universidade
por um funcionario que ja sabia o meu nome e que nao tirava o sorriso de orelha a orelha, disse para o acompanhar. Entrei num corredor que tinha uns 6
elevadores seguidos, todos eles tinham um "ascensorista", trata-se de um homenzinho que está sentado num banco dentro do elevador e que a unica funçao é
perguntar as pessoas que entram para que andar desejam ir. É aqui que eu vou parar se nao fizer as 6 cadeiras. O funcionario que estava comigo disse ao
ascensorista que desejavamos ir para o ultimo andar do edificio (24 andares). No 24º andar fui entao recebido pelo director da universidade, no seu amplo
escritorio. Recebeu-me de uma maneira que só para terem uma minima noção, passados 5 minutos de ter entrado no escritorio ja me encontrava sentado no seu
grande e confortavel sofá a beber uma cerveja. Toda esta amabilidade deve-se ao facto de eu ter aberto o protocolo entre as universidades, porque foi um
passo importante para começar a abrir com outras universidades portuguesas. A quantidade de brasileiros que querem ir para Portugal em intercambio é
inacreditavel, o director foi-me mostrar o gabinete de relaçoes internacionais (que trata dos intercambios) e tava completamente cheio, e pelo que ele disse
(mentira ou nao) o responsavel por aquela situaçao era eu. No ultimo golo da minha 4ª cerveja ja tinhamos falado de tudo: Brasil, Portugal, Universidades,
Futebol, Gastronomia, Mulheres (portuguesas vs brasileiras) etc. Era entao altura de ir p/ aula e ele (director) fez questao de me acompanhar. Chegamos a um
auditorio com cerca de 80 pessoas. A primeira coisa que me passou pela cabeça quando vi esta multidao foi: "Queres ver... " e o meu pensamento logo no segundo aseguir se confirmou quando oiço da boca do director esta bela frase: "Oi galera esse é o francisco esta cá em intercambio, foi o primeiro
aluno portugues a ingressar no nosso curso e vai ficar aqui no rio com a gente por 6 meses" e foi-se embora. No segundo aseguir choviam propostas para eu ser
companheiro de carteira, a pressao era tanta que nem deu para me concentrar no sentido de tentar ver um lugar vazio ao pé de uma zuca gira qualquer, sentei-
me no primeiro lugar que vi. Tentei estar concentrado nas 2 horas que se seguiram mas foi impossivel: da direita vinham ofertas de bolachas de agua e sal, da
esquerda perguntas sobre o cristiano ronaldo, o benfica, a noite em lisboa, as universidades em lisboa, a noite no porto, etc. De tras a fotografia das irmas e das primas,
e da frente alguns apontamentos que me poderiam interessar e ofertas de carteirinhas de estudante falsas. No fim da aula preparei-me logo para fugir p/ casa
mas foi missao impossivel, levaram-me para um bar perto da universidade e pagaram-me tudo. A quantidade de chops que bebi foi suficiente para o caminho de
volta para o leblon (a nossa zona) durar (na minha cabeça) 5 minutos. Cheguei a casa e estavam ca alguns portugueses que tambem estao ca a estudar, sentou-se
tudo na sala a ouvir esta experiencia.
Antes de terminar, ao adicionar este meu primeiro post ao blog notei que o Pedro num dos seus textos mencionou o verbo "facturar" com bastante orgulho.
Depois da noite de ontem, ja me sinto a vontade para tambem conjugar este verbo no passado na primeira pessoa do singular: "eu facturei".

P.s- A minha factura tinha 28 anos

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Flamengo

Isto foi a torcida do Flamengo depois do golo. Sábado vamos lá outra vez... Pena o Flamengo estar mesmo em queda livre.

Dizem que acabaram-se as férias

Terça feira dia 5 de Agosto, data oficial para o inicio das aulas. É o primeiro dia de aulas, mas ninguem vai. O dia estava convidativo para a praia e aceitámos o convite. Eu e o Martins tinhamos uma aula das 7 ás 11 da noite, se nao contar com a aula de alongamento/caminhada/jogging I que era das 6 ás 7. Aconselharam me a não ir ás aulas no 1º dia por causa das praxes. Achei o conselho bastante útil e segui o. Fiquei por casa, até porque o tempo estava de chuva.

De referir ainda que o ribas que tá numa faculdade no centro, que demora 40 minutos a chegar lá, foi ás aulas ás 6 da tarde e só apareceu em casa ás 10 e meia. Parece que adorou a faculdade, mas ele depois conta melhor a sua experiencia...

Quarta feira a história foi bem diferente. Tinha mesmo que ir á faculdade pois nao tinha entrado numa cadeira, nada mais nada menos que econometria. Sai de casa ás 10 da manhã com o mashi porque ele tinha uma aula ás 11h. Nem queria acreditar quando entrei na Universidade! Eu diria que a proporçao rapazes / raparigas deve ser de 70% raparigas para apenas 30% rapazes. E quem falou que quantidade não é qualidade? É que apesar de se verem algumas cariocas que não correspondem em nada á Garota de Ipanema de Tom Jobim, ve se muitas que correspondem na perfeiçao! As chamadas gatinhas...

Dirigi me ao gabinete de intercambio para resolver o meu problema da matéria de econometria. Mandaram me para o departamento de matemática para resolver isso com a Creuza. A PUC é bastante grande e lá me pus a andar por lá em busca do departamento de matemática no edificio leme. Quando entro no elevador desse edificio deparo me com uma profissao praticamente extinta em Portugal, o ascensorista. O ascensorista, como se percebe, é um cara que está sentado dentro do elevador o dia todo a ouvir mp3 e que a profissao dele é apenas carregar no botão do andar para onde as pessoas vão. Não requer muito trabalho, apenas saber contar até 8 e mexer o dedo indicador. Chegado ao departamento de matematica a Creuza diz me que isso é no departamento de economia. Voltas e mais voltas pela PUC, demorei 1h30 a tratar disto á boa maneira portuguesa, ou não fossem os brasileiros nossos descendentes. Pelos menos fiquei a conhecer uma grande parte da PUC.

Voltei para casa com o Vilela e o Tomás para nos encontrarmos com o Luis e o Ribas para irmos á Uruguaiana. Veio conosco tambem uma portuguesa que está cá, muito amiga do Luis, chamada Clara. O caminho para a uruguaiana é o mesmo que o ribas faz para a faculdade, no centro. Onibus, com menos 40 graus lá dentro, e depois metrô. A uruguaiana é um mundo!! Tem de tudo mesmo. Desde roupa a electrodomesticos, passando pelos desbloqueadores de playstations que existem em cada esquina e acabando num homem que quase me convenceu a comprar um massajador electrico para as costas, mas que me pareceu que se ia avariar antes de eu chegar a casa. Do nada ouvem se vários disparos no meio da uruguaiana. Assustado, encolho me todo, e quando olho po lado um cara fala para mim "Não preocupa não mermão, é tudo cinema!".

A uruguaiana teve um sabor especial para mim pois comprei um fato de banho novo, algo que como sabem, nao acontecia há algum tempo. Depois mando fotografias daquela obra de arte.

O Luis ficou se pelo centro pois ia jantar ao Porcão, algo que nos deixou todos com água na boca, principalmente aqueles que ontem até esse momento apenas tinham comido um pastel... Eu e o Martins seguimos directos para á faculdade pois tinhamos uma aula ás 5. Depois de vários minutos á procura da aula, lá encontramos uma sala perdida numa casinha no meio da floresta.
Entro na sala como se tivesse a entrar num restaurante. Tão duas deitadas em cima da mesa a dormir, um bacano de boné pa frente, outro a beber um Matte de 800ml, isto tudo enquanto toda a gente conversa como se tivesse num restaurante. Nem queria acreditar! O professor fala para quem quer ouvir apenas... A proporção rapazes / raparigas volta a confirmar se. 70 / 30. Sento me com o Martins em dois lugares lado a lado de frente para o ar condicionado. Não sei porquê os brasileiros gostam de ter aulas com menos 20 graus. Morremos de frio a aula toda. A cadeira era administraçao de vendas e nao nos pareceu dificil. O professor apresentou a cadeira com ajuda de uns precisosos "ijlidis" (slides).

Ás 7 da tarde seguimos para outra aula. Esta aula era dominada por portugueses e por isso até foi louca! A professora, desculpem, a Gladys, uma senhora de 70 anos, professora ha 19, adorou os portugueses e pede para lhe chamarem Gladys. Diz que em portugal somos todos demasiado bem educados. Ficaram todos meio impressionados quando explicámos que em Portugal tratamos os professores por professor e não pelo nome deles. Mais uma vez o ar condicionado congela me os pés e desta vez tive mesmo que lhe pedir para desligar aquilo. Gladys ainda nos distribuiu umas folhas para nós lermos. Começou o Tomás a ler em portugues, acho que os brasileiros nao perceberam nada. Seguiu se o Martins que mete um sotaquezinho brasileiro. A turma desmancha se a rir... Passou para mim que não pude deixar de utilizar o brasileiro que o mestre Scolari me ensinou! Gargalhada geral uma vez mais... O texto acabou com o vilela que sem meias medidas leu num portugues rapido mas pouco eficaz para os brasileiros.

Sobre as aulas, referir ainda que até agora tou despachado a todas dia 19 de novembro e não há exames. 2 frequencias e uns trabalhinhos de grupo.

Á noite, ainda fomos ao Tio Sam ver o Flamengo que tá em queda livre e perdeu 2-1 com o Goiás. Depois foi Baixo Gávea numa noite de portugueses e de uns brasileiros fanáticos por futebol... Thiago do Vasco, Jr do Fluminense e Giorgio, presidente da Torcida Jovem do Flamengo. Trocámos numeros com todos que nos convidaram para ir ver os jogos com eles!

Bem, este post foi longo por ser o primeiro dia de aulas, onde havia várias coisas para contar. Vou voltar a ser breve... em breve.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

PUC-Rio

Primeiro dia de aulas. A descrição que me tinham feito correspondeu na perfeição. Alunos a dormir, ocasionalmente alguns falam ao telemóvel, os que chegam atrasados não pedem desculpa ao professor e antes de se sentarem cumprimentam com um bacalhau os seus amigos dispersos pela sala, tudo normal. E dizem que as aulas de Engenharia até são daquelas em que o pessoal se porta melhor. Ok.

Quanto ao famoso rácio mencionado no meu anterior post, confirmo aqui e agora que é fortíssimo. Numa aula de 32 alunos, 5 rapazes.

Outra coisa que me tinham relatado e que também se confirmou foi a duração das aulas. Oficialmente tinha uma aula das 7 as 10 da manhã mas o professor apenas apareceu às 7 e meia. Ao chegar a primeira coisa que anunciou foi que esta aula começaria sempre as 7 e meia. Depois disse que a chamada seria sempre feita as 8 da manhã. Basicamente a dizer aos alunos que podem chegar a essa hora sem ter falta. Depois acabou a aula às 9 da manhã. No meio disto tudo o professor disse que a matéria era demais para o tempo que tinhamos disponivel e que estávamos muito apertados. Porreiro pá.

Cá em casa felizmente arranjou-se uma empregada para fazer as coisas. É que ninguém faz nada. Normalmente alguém, geralmente eu, constata que é preciso tratar de dada coisa e diz: "É preciso lavar a loiça", sugerindo subtilmente que alguém, que não eu, o vá fazer. Ao que o Vasco responde: "Ya mashi vai lá lavar a loiça". "Vai tu que nunca fazes nada" diz o Mashi. E os outros encolhem os ombros. E não se fala mais nisso, fica tudo como se ninguém tivesse dito nada. Com a Priscilla a história é outra e a casa fica a brilhar.

Hoje talvez vamos para a noite.

rioatejulho.blogspot.com

Estou no Rio a uma semana e finalmente escrevo qualquer coisa. Daqui só saio dentro de 11 meses, sou o único a ficar um ano daí o titulo do post. Penso que nem no Natal devo ir a Portugal, se é para ser um ano que seja mesmo um ano sem interrupções. Até lá vou correr toda a America Latina se o meu bolso aguentar.

Já fizemos muitas coisas para tão pouco tempo, as quais ja foram escritas e comentadas.
A nossa casa, para além de ser a melhor de todos os erasmus, está localizada na melhor zona possivel. Se sair para um lado temos praia, para outro a PUC, pela zona tudo o que a gente precisa para ser feliz. Se me apetecer dar um mergulho e curtir umas ondas é so andar por 5 mins... Passo pelo B B Lanches, bebo um suco e como o melhor pastel de carne de sempre, vou até à zona de praia entre o posto 11 e o posto 9. Quando volto para casa tenho uma das melhores avenidas do Rio pa fazer compras (Avenida Ataulfo de Paiva) nas melhores lojas, onde a alta sociedade carioca se passeia.

A opções noturnas são muito vastas, e os horários um bocado diferentes da noite lisboeta. Quanto a qualidade... hehe

A minha opção pelo Rio não fica só pela excelente qualidade de vida que a cidade oferece (que é de topo), mas pelas oportunidades que o País vai oferecer no futuro. Acho importante nós portugueses estarmos atentos a isso. O Brasil tem riqueza suficiente para ser uma grande potencia mundial. A palavra chave é sem duvida o petróleo, cá começam a surgir suspeitas de que as maiores reservas do mundo afinal possam ser brasileiras. Para além disso, há minerio em grande escala, há muita mão de obra, há sol e praia, há mar, floresta, rios, montanhas... Há espaço.

Como portugueses quais são as nossas vantagens? Falamos a mesma lingua, pensamos na mesma cultura e, mais importante, temos habilitações literárias, que por cá fazem falta. Neste momento penso seriamente no Brasil para meu primeiro destino como pós licenciado, mas ainda tenho muito tempo pela frente para estudar a coisa. Vou ser Arquitecto, e penso que a arquitectura vai ter um papel muito importante no desenvolvimento saudavel das cidades brasileiras.

Para os meus amigos e familia: A única desvantagem do Rio é estar longe das pessoas que gosto, de resto acho que é em tudo especialmente melhor, por isso todo o mundo está convidado para me visitar!

Um Grande abraço

terça-feira, 5 de agosto de 2008

O Carioca está triste

Ontem o Rio acordou triste. Ceu nublado, chuviscos, pouca gente na rua... Até os inumeros carros e a infinidade de buzinas que se costumam ouvir no dia a dia pareciam nao fazer barulho. Saimos á rua para almoçar e tava muito pouca gente na rua. Parece que os cariocas ficam deprimidos com este tempo. Saimos á rua para decidir o que fazer, qual não é o nosso espanto quando um moléque de cerca de 8, 9 anos máximo se dirije ao Tomás e com uma voz de dentinhos de leite sussurra "dá me seu cellular cara"... O Tomás ainda teve medo pois o moléque olhou para ele com ar de quem lhe ia fazer mal, mas tomou a atitude certa e seguiu caminho... Enquanto o Luis, Tomas, Pedro, Vilela e Martins foram ao cinema ver o ultimo filme do batman, eu e o Ribas fomos correr.

Correr no calçadão é um espectaculo. Enquanto corremos temos imensas coisas para nos distrairmos e por isso o tempo passa mais depressa e nao custa tanto nas pernas. Corri do posto 12 ao 8, enquanto o ribas ainda foi até ao 7. Entre cada posto são 800m, o que significa que o gordo Vasco Fino correu 3200m. Estou numa forma de fazer inveja a muitos atletas olimpicos. A praia estava vazia e havia muito pouca gente na rua. Os cariocas passam mesmo mal com este tempo!

Ainda pensámos ir aos cavalos mas depois não tivemos paciencia. Á noite tivemos o primeiro jantar em casa com a preciosa contribuiçao do Chefe Vasco de Finon que contribuiu muito para fazer uma massa com cogumelos, bacon e salsichas. O Big Polis finalmente não teve que vir cá. Surpresa maior foi entrar na cozinha e ver o Pedro a lavar a louça á mão com a ajuda do Luis Maria. Tamos a ficar muito bons em tarefas domésticas, no entanto, não dispensamos a hiperactiva empregada Prichila que deixa a casa impecável.

Depois de jantar vieram cá ter umas portuguesas que eu não conhecia mas que eram porreiras! Vieram cá tomar um chopinho para depois irmos ao Empório. Já me tinham dito que a noite no rio á segunda feira era muito má (Obrigado Martim), e de facto confirmou se. Chegamos á rua do Empório e tavam 2 bares frente a frente. Um cheio, outro vazio. Sai do taxi e diriji me para o cheio, quando me gritam que o Empório é o que tava vazio... Segunda feira no rio, é noite de dvd em casa.

O Tomás decidiu atribuir alcunhas a toda a gente cá em casa:
Ribas é o Euribão em homenagem á taxa Euribor. O ribas ainda me perguntou que banco era esse...
Pedro é o Coronéu porque sim.
Vasco é o *********** (nome da minha pass que eles descobriram)
Tomás é o linksys em homenagem á wireless do vizinho. O Tomás é a pessoa que passa mais tempo na internet, em homenagem á Matilde...
Luis Maria é o Desmarets. Ninguem sabe porquê, o Tomás acha que Luis Maria é muito parecido com o nome Desmarets. De facto tem qualquer coisa na fonética, mas nao sabemos o quê...

Bem deixo vos aqui com um filme dos engraçados micos para perceberem o que eu queria dizer quando dizia que eram ratazanas saltitantes. Isto no Pão de Açucar...

domingo, 3 de agosto de 2008

Time de tradição

Grande noite ontem mesmo! Rio Scenarium... Uma Discoteca / Bar, de 3 andares repletos de gente. Entrámos por 25 reais, 10 euros, o que contraria o que nos tinham dito, que era carissimo entrar lá. Afinal nao é! E as bebidas lá até sao baratas para uma discoteca. Bom, entrámos e deram nos uma especie de uma carta com todas as bebidas e comidas da discoteca. Ainda é uma folha bem grande, é ai que marcam o que bebemos.
Os 3 andares são bastante diferentes. Tem um mais pa baixo com musica ao vivo, um no meio com uma pista com musica bastante diferente e mais jovem, e um mais pa cima onde parecia que apenas se conversava, que fomos lá ver como é que era de elevador. A média de idades da discoteca era bastante alta. Deviamos tar no grupo de pessoas mais novas de lá.. Mas a noite foi mesmo muito boa e saimos de lá convencidos que temos mesmo que voltar lá. Uns mais convencidos que outros...

Hoje acordámos e tavam uns chuviscos na rua. Chuva no rio, é como em qualquer lado, nao ha nada para fazer mesmo. Finalmente o Mazinho nos ligou! O Mazinho é um cara que vende dvd's e jogos de computador na rua. Metemos conversa com ele sexta á noite e pelo meio perguntámos lhe se ele nao vendia umas bicicletas... Mazinho prometeu a gente que nos arranjava 7 bicicletas! Hoje de manhã ele ligou nos a dizer que nos arranja as 7 bicicletas mas que so pode entregar uma por dia... Começa amanhã a entrega da primeira.

Fomos no Maracanã hoje! Eu, ribas e vilela. Flamengo X Cruzeiro. Jogo grande, 4º contra 2º. Comprámos 2 bilhetes na candonga pois a fila pos bilhetes era enorme. Fomos mesmo para o meio da torcida. Aquilo é incrivel. É mesmo como sair á noite. Tem o jogo todo um somzinho de fundo de samba, enquanto tao mais de 90 minutos a cantar pelo flamengo. Portanto enquanto se canta, vai se dançando o samba. Isto tudo enquanto vao desfilando milhares e milhares de camisolas do flamengo com o numero 10, numero do Zico. Os paus dos bandeirões sao canas de bamboo... Ve se o jogo todo de pé enquanto se vao acendendo várias tochas com as cores do flamengo, encarnado e preto. Fim da primeira parte, 0 - 0. O Flamengo entra na segunda parte a ganhar com um golo de cabeça de Vandinho. O Estádio vai completamente abaixo, uma curva inteira com a maior torcida do mundo a cantar "Tu es time de tradiçao, raça amor e paixao, oh meu mengô... Eu sempre te amarei, onde estiver estarei, oh meu mengô...!!"

Senti me completamente a sair á noite. Grande loucura mesmo! Ao meu lado um avô e um neto quase choram de felicidade. Nunca vi povo que vibrasse tanto com futebol.

Duro golpe foi quando em 5 minutos o cruzeiro dá a volta ao resultado. O Estádio silenciou se... e apenas se ouvia o somzinho do samba. O defesa que mandou uma casa gigante, é crucificado pela torcida do fla. Sempre que o jogador toca na bola é assobiado e depressa a torcida canta "Queremos novo jogador! Queremos novo jogador!". Até tive pena do defesa. A não perder mesmo ir ao maracana ver o Flamengo. Já posso afirmar: Sou do Flamengo.


Hoje chegou tambem o Vasco Martins... Vai ser mais um a alinhar em tudo!

Estreia

Finalmente escrevo um post neste nosso blog.

Estou maravilhado com esta cidade. Ontem estreámo-nos na noite, fomos ao Rio Scenarium numa noite que eu adorei. Consta que estava a meio gás porque havia uma festa da Ballantines algures. Se esse for o caso então antevejo grandes noitadas lá. Recomendaram-nos que chegássemos cedo, por volta das 10, 10 e meia, porque a fila fica enorme. Chegámos às 10 e 35 e alguns precisavam de ir à casa de banho. Entrámos num bar de esquina com esse objectivo mas ficámos hesitantes. O bar tinha um aspecto sinistro, capaz de fazer o chefe da ASAE cair da cadeira; o Alfredo ao pé deste estabelecimento era um Eleven. À porta do Rio Scenarium já se apresentavam mais de 100 pessoas, fomos para o fim da fila . Eis senão quando sou surpreendido por uma mulher a vender Skol geladas às pessoas que esperavam: são 5 se faz favor. Enquanto esperávamos fomos ainda abordados por pessoas a vender pastilhas elásticas e tabaco. Aquelas coisas básicas que uma pessoa se pode esquecer de comprar (pastilhas e tabaco) ou fazer (beber) antes de ir para a noite, estão ali à mão. A verdade é que nem demos pelo tempo de espera e muito rapidamente estávamos la dentro.

Lá dentro musica ao vivo e pessoas espalhadas por 3 andares a comer, beber e dançar. A decoração é muito diferente daquela que se esperaria de um bar da moda, mais tradicional do que moderna, mas muito original. A caipiroska a 8,40 reais, a entrada a 25 sem consumos. Contas feitas 68 reais, ou 27 euros. Caro, mas não foi só a casa a facturar. Saímos de lá relativamente cedo pois cá o horário da noite começa bem mais cedo, por volta da hora de jantar, e acaba por volta das 4 da manhã. É da maneira que se aproveitam melhor os dias. Mesmo assim hoje estava cansado demais para acompanhar o Ribeiro, o Vilela e o Vasco na ida ao Maracanã para ir ver o Flamengo. Tive pena.

Amanhã parece que vai chover por isso estou a planear uma ida ao cinema no Shopping Leblon para ir ver o Batman. Diz que o filme não é nada mau. Nos dias de chuva não se faz grande coisa e por isso faço desde já um apelo a quem vier nos próximos tempos a estas zona para nos trazer o Pro para a PS2 para jogarmos nos intervalos do estudo.Lol.

As distâncias já não existem, no Skype falo com toda a gente cara a cara. Até faz confusão. Quem quiser dar uma chamadinha: pedro.chaves.fino

Beijinhos e Abraços

sábado, 2 de agosto de 2008

Mais um assalto

Acordámos cedo. Veio cá o vidraceiro arranjar o vidro que o Tomás partiu ha um par de dias. Martelada após marterlada, lá fomos acordando um a um... Sem nada para fazer fomos pa praia.

O dia de praia até tava bom, 30 graus, mas ceu fechado. Do nada começa tudo a olhar para a direita, perto do posto 11. Mais um assalto na praia... Parece ser o dia a dia. A policia foi eficaz e apareceu depressa e portanto foi mais um assalto sem sucesso!

Ás 2 viemos pa casa porque vieram instalar a televisao e a internet, apesar de continuarmos a usar a do vizinho que é melhor.
A casa ficou finalmente composta no segundo em que o mashi acaba de partir uma garrafa de cerveja... Enfim.

Jorge nao consigo falar contigo por isso mando te por aqui um grande abraço de parabens! Curtam ai em Vale Nevado nao é?

Hoje á noite há mais!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Assalto e Pão de Açucar

A noite de ontem foi louca até! Saimos de casa depois de algumas Skols em direcçao ao Baixo Gavea. É um conjunto de bares e restaurantes seguidos em volta de uma praça com milhares de pessoas ai concentradas. A maneira mais poupada de beber ai é comprar na rua a umas pessoas que vendem skols, entre outras bebidas, a 2 reais (80 cents). Fazem botellons pa vender, com lancheiras enormes de fazer inveja a algumas pessoas... Tivemos ai á conversa e a tentar perceber qual seria o melhor sitio para ir sair depois. Baronetti? Kathmandu?




Sala de casa, antes da noite

Fomos primeiro para o kathmandu, mas depressa desistimos devido a uma fila enorme que nem sequer andava. Tentámos então o Baronetti. Mais uma vez a sorte nao teve do nosso lado. Penso que chegámos tarde de mais aos sitios. Mas satisfizemos o pedido do Tomás de ver a "alta sociedadji brasileira" no Baronetti. Entretanto sair aqui é absurdo de dinheiro. Tipo, 30 euros so para entrar.


Hoje foi o ultimo dia do meu pai em terras brasileiras e portanto passei o dia todo com ele. De manhã veio cá ter e fomos ao banco tratar de umas coisas. Fomos então almoçar ao hotel dele. A caminho do hotel, quando passávamos de Ipanema para o Leblon, nos jardins de Alá. Deparamo nos com um grito "sôcorrôôôô!!!!!!!". Uma senhora que saia da praia com a carteira e os ténis na mão estava a ser assaltada por um cara assim de 15, 16 anos, molato, tronco nu, com um ar aparentemente inofensivo! O assalto acabou por não ter sucesso pois quando a senhora começou a gritar o "pivete" assustou se e desatou a correr pela praia.


Depois de almoço fomos ao Pão de Açucar. Apesar de ser a minha 4a vez no Rio, nunca tinha ido ao pão de açucar. O famoso teleferico leva nos para cima de uma montanha de onde tem uma vista espectacular. O pão de açucar é mesmo lindo. Dali ve se tudo, mas gostei mais da vista do Corcovado. Tirámos bastantes fotografias e ainda filmámos bastante para depois verem tudo. Em cima da montanha tem uma pequena floresta cheia de micos. Micos são uma especie de macaquinhos que mais parecem umas ratazanas saltitantes.

Entretanto o Pedro acaba de chegar a casa depois de uma visita ao ginasio mais caro do Leblon, convencidissimo que vai entrar!

Mashi, em busca de miquinhos




Vista Pão de Açucar


Na floresta do Pão de Açucar

Vista para o Corcovado

Bem hoje há mais uma noite... Vamos ver o que nos espera!